‘Por mim a pena dela podia ser a pena de morte!’, declara promotor

0

24/11/21

Acompanhe as últimas atualizações sobre o Júri Popular de Rozalba Grime, autora do homicídio de Flávia Godinho, no crime que ficou conhecido em todo o mundo.

20:12: Após breve intervalo, defesa se pronunciará. Posteriormente, novo intervalo será feito para que o Tribunal do Júri possa jantar e, só então, deliberar sobre o destino de Rozalba.

19h47: “É óbvio que não há como o alvo de Rozalba ter sido um homem. Trata-se claramente de um feminicídio! O alvo dela era, justamente, uma mulher! Em razão de ser uma mulher e poder gerar uma criança, Flávia foi o alvo de Rozalba. Isso é feminicídio, sim! Dissimulação, motivo torpe, recurso que dificultou defesa da vítima, tudo isso porque Flávia não poderia ficar viva!”

19h46: Promotor defende que Rozalba seja, também, condenada pela tentativa de homicídio contra a bebê.

19h45: “Louca ela não é. Louco é quem acredita que ela é louca”

19h44: “Depois a senhora não reclama. Vou trata-la com reciprocidade. É uma escolha. Agora tem a consequência”, disse a promotoria

19h40: “Se eu fosse amante da condenação, o Zulmar também estaria sentado no banco dos réus. Ao contrário, pedi absolvição sumária dele por entender que é inocente!”, rebate

19h39: “Vamos ver se a Senhora manja de direito penal”, diz promotor à Advogada Dra Bruna

19h37: “A Rozalba pode ter enganado meio mundo, inclusive seus advogados, mas a mim ela não irá enganar”, disse o promotor

19h30: “Esse médico é mais pai do que eu! Só vi o ultrassom do meu filho por foto”, teria dito Zulmar à Rozalba.

19h30: “Não fossem as gravações das conversas entre Rozalba e Zulmar, seria impossível não acreditar que ele não estava envolvido”, esclarece a promotoria.

19h29: “A senhora não fala mais agora!”, ordena o juiz.

19h28: “Não me desrespeite! Não diga que eu amo a condenação! Não diga isso!”, rebateu o promotor.

19h28: “Você ama a condenação”, criticou a advogada, referindo-se ao promotor.

19h25: Promotoria novamente critica a ação da defesa em tentar tornar Rozalba inimputável. “caracteriza-se entre os imputáveis e precisa ser responsabilizada por seus atos”.

19h21: Promotor relembrou o caso de Lisa Montgomery, que estrangulou uma mulher grávida no Missouri em 2004 antes de cortar sua barriga, remover e roubar o bebê. Ela foi condenada à prisão perpétua e acabou recebendo injeção letal após muitos anos presa.

19h17: O corpo da vítima só foi encontrado porque a mãe de Flávia insistiu para que parassem quando passaram em frente à olaria onde ocorreu o crime.

19h14: “Psicopata não é doente mental. O doente mental é o psicótico, o criminoso desorganizado”, defende a promotoria. Segundo a tese do promotor Alexandre Caminho Muniz, que se baseia na história do Maníaco do Parque.

19h12: Ânimos alterados na sessão. Promotor e defesa discutem acaloradamente acerca da suposta falta de capacidade mental de Rozalba. “Se vossa excelência não entendeu, o problema é seu”, disse o promotor a advogada, Dra Bruna.

19h09: Rozalba confessou que precisou usar força física extrema e “cortar” mais de cinco vezes para conseguir abrir a barriga de Flávia, que segundo o laudo pericial, ainda respirava.

19h08: “Flavia cambaleou e disse: Por que você está fazendo isso? Eu nunca te fiz nada!”, revela promotor. Com o corpo no chão, Flávia ainda levou aproximadamente dez golpes de tijolo no rosto, até desmaiar.

19h01: “Por mim a pena dela podia ser a pena de morte! Uma pessoa fria e calculista que chega aqui e não derrama uma lágrima! Ela se arrependeu só porque foi pega!?

19h: Promotor relata que Rozalba chegou a inventar que estaria sofrendo ameaças. Quando foi chamada para conversar, disse que era mentira. “Não quero ser transferida para outro presídio, sou muito bem tratada aqui”, disse ela.

18h57: “Se ela fosse inimputável, realmente faria isso? Não! Ela contou ao técnico do IGP que várias vezes pensou em desistir do plano. Isso não é característica de alguém inimputável”.

18h54: “Por favor, valha-me Deus! Nunca achei que chegássemos neste nível! Tivemos um teatro, um circo, feito às custas de uma família que está sofrendo, que sofre todos os dias! Rozalba busca enganar as excelências, quer dizer que é louca, quer ficar só um tempinho internada num hospital psiquiátrico, dizer que era doida e agora se recuperou”.

18h52: “No dia dos fatos, a Flávia mandou uma mensagem para a Rozalba: “é hoje”, relata a promotoria. Logo em seguida, Rozalba questiona: “não falasse pra ninguém, né? Vai ser legal. Por isso não podes contar. Vai ser surpresa”

18h50: “Cercou a Flávia, como se amiga fosse. Inclusive criando uma rede de mentiras, incluso o suposto chá de bebê, sabendo que neste momento daria cabo na vida da Flávia”, diz Promotor.

18h49: Promotor faz a sustentação oral pedindo a condenação de Rozalba.

18h17: “Eu só não roubei o bebê da minha cunhada porque não bateu a gestação”, diz Rosalba.

18h16: Dra Bruna reassumiu o interrogatório. “Não pensou na família, não pensou em nada”, disse a advogada a Rozalba.

18h02: Outra advogada de Rozalba assume o interrogatório. Doutora Bruna saiu do local.

18h01: “Eu não sei se é teatro da Doutora Bruna, mas temos quase uma ausência de defesa, ou então o que está sendo feito é um teatro”, diz a promotoria. Dra Bruna chamou sua cliente reiteradamente de mentirosa e chegou a bater com força na mesa do plenário.

17h58: “Eu só vivia pro Zulmar, mas não tinha a atenção dele. Achei que tendo um bebé ele mudaria. Eu tinha muito ciúmes dos três filhos dele”, diz Rozalba

17h56: Rozalba diz que perdeu a virgindade e engravidou de Zulmar com menos de um mês de namoro.

17h55: Rozalba é chamada de mentirosa por sua advogada. “Por que você não conta que era abusada na infância?”, disse a defesa.

17h55: “Reprovei na escola porque eu conheci o Zulmar e desisti do estudo”, diz Rozalba.

17h53: Rozalba diz que inventou, na sua primeira gestação, que estava com câncer. “Queria atenção da minha família”

17h49: Defesa alega que o pai de Rozalba era sempre chamado na escola por conta de suas bagunças e que ela foi levada a um psiquiatra na quarta série.

17h48: “Foi Deus que colocou a Flavia no meu caminho”, disse Rozalba à defesa.

17h47: Promotor: o que a senhora acha disso diante de Deus? “Não quero responder”, diz Rozalba.

17h46: “Eu acho que matei ela com a tijolada”, diz Rozalba ao ser questionada sobre se a vítima estava viva quando houve o corte.

17h45: “Foi mais de uma passada, fiz muita força. Eu não estava preocupada em matar o bebê porque tinha estudado no celular”, disse.

17h45: Rozalba diz que desferiu várias tijoladas porque “uma só não bastou”

17h43: “Dei uma tijolada, ela desmaiou e eu cortei”, resume Rozalba sobre o homicídio.

17h41: Trecho importante do depoimento. Rozalba fala sobre os pertences de Flávia que estavam com ela e que mandou seu marido “desovar”. Ela afirma que ele não sabia de nada.

17h38: No hospital, Rozalba inventou que dois rapazes que lhe socorreram na estrada auxiliaram no parto. “Disse que foi os cara e que o bebê era meu”

17h35: Segundo Rozalba, depois de desacordar Flávia com tijoladas, ela foi até o carro, buscou o estilete e abriu a barriga para roubar o bebê. “Levei placenta, pesquisei tudo certinho no celular”. Após pegar o bebê, Rozalba viu que tinha alguns cortes no bebê e fugiu do local. “Não tinha intenção de ocultar o corpo, eu só queria o bebê”

17h33: Rozalba diz ter escolhido a cerâmica por ser um local “vazio”. “Tinha vários tijolos. Ela estava vendada, de costas para mim, de frente para o forno. Só lembro de ter dado uma tijolada”

17h31: “Eu não tinha mais o que fazer, estava em gestação avançada. Mandei mensagem no WhatsApp e decidi: é hoje”, conta a ré.

17h29: Autora do crime brutal conta que pesquisou na internet como faria o parto e roubaria o bebê.

17h28: Rozalba diz que não contou a família que perdeu o bebê, em sua segunda gestação, pra “não ser diminuída”

17h27: Rozalba: “se fosse menino eu ia amar igual se fosse menina”

17h26: Rozalba: “minha intenção era pegar o bebê, mesmo que causasse a morte da Flávia”

17h23: Rozalba diz que começou a pensar no crime depois que perdeu seu bebê. “Minhas amigas tudo estavam sendo mãe, eu estava com raiva; queria ser mãe de qualquer jeito”

17h22: Rozalba opta por falar.

17h15: Começa as oitivas com a ré. Juiz lê neste momento a acusação para dar início ao depoimento de Rozalba Grime.

17h05: Rozalba entra no júri e começará a prestar depoimento.

17h03: “Eu pago uma passagem nova. Desce do avião. Entendo que teu depoimento é imprescindível”, diz a defesa.

17h03: O psiquiatra está respondendo às perguntas da defesa de dentro de um avião. “Nunca vi uma coisa dessas”, diz o promotor.

17h: “A Rozalba foi atestada como mentirosa pelo perito do IGP. O laudo foi realizado com base exclusivamente no depoimento dela. O quão frágil este fato torna o laudo?”, questiona a defesa.

16h55: “Absolutamente relevante um laudo psiquiatra sobre a integridade médica de Rozalba”, defende a testemunha contratada pela defesa.

16h52: “O sonho de ser mãe frustrado causa algum trauma?”, questionou a defesa ao psiquiatra. Pergunta foi indeferida pelo juiz.

16h43: Médico foi contratado para prestar seu depoimento acerca de um laudo sobre Rozalba. Ele confessou que nunca chegou a se encontrar com a ré e montou o laudo “de forma indireta”.

16h27: “Em 20 anos de promotoria, nunca vi disso”, afirma promotor.

16h23: “Esse atestado foi confeccionado na data de hoje. Resolveu consultar o médico justamente na data do júri. Que triste coincidência. No dia 22 de novembro, quando teriam iniciado os sintomas, a defesa reiteradamente pediu pra arrolar a testemunha”, diz a Promotoria.

16h22: “Essa manobra da defesa me tira como bobo. Como um tolo”, afirma promotor.

16h19: Defesa insiste na tese de insanidade mental. Dois médicos e um psicólogo foram arrolados como testemunhas pela defesa. Houve um conflito judicial e aconteceu o pedido de substituição de uma das testemunhas: o psicólogo por um médico. Este médico estava no júri, porém deslocou-se para São Paulo e agora será ouvido por videoconferência.

16h15: Júri é retomado.

16h07: Chama a atenção da plateia, jurados, policiais e imprensa, o fato desrespeitoso de que, reiteradamente, a advogada se dirige ao juiz com o pronome “você”. Numa frase, ela diz: “a gente já sabia que você ia indeferir”.

16h05: Júri suspenso por dez minutos.

16h: Esposo de Flávia presta depoimento. “Estávamos casados fazia um ano, mas já eram dez anos juntos. No dia anterior ao crime, Flávia estava extremamente animada com a gravidez. Ela estava contente, porque ganharia um chá de bebê surpresa da Rozalba e ninguém podia saber”.

15h44: Testemunha conta que, quando questionada sobre a barriga ser pequena para uma “gestante prestes a dar à luz”,  Rozalba dizia: “o médico falou que meu bebê vai ser bem pequeno”.

15h27: REVELAÇÕES DA ACUSAÇÃO. Flávia achava estranho os questionamentos de Rozalba sobre a gestação. Na semana em que roubou o bebê e matou Flávia, Rozalba presenteou a vítima com uma “lembrancinha”. Mesmo depois de ter matado Flávia, enquanto a vítima estava desaparecida, Rozalba enviou mensagens para a vítima. “Queria ver se conseguia falar com ela”.

15h25: Bastante emocionada, testemunha de acusação, amiga de Flávia, disse que a morte causou impacto extremo no seu psicológico. “Se doeu pra mim que sou amiga, imagina para a família”, desabafou.

14h59: Advogada de Rozalba Grime, Bruna dos Anjos, diz ter sido hostilizada ao sair de restaurante em Tijucas

14h50: Sessão do Júri é retomada. Juíz José Adilson Bittencourt Júnior e Promotor de Justiça Alexandre Carrinho Muniz retornaram com poucos minutos de diferença à Câmara de Tijucas.

14h11: Julgamento está em intervalo para almoço. A sessão retornará em aproximadamente 30 minutos.

13h: Um dos médicos que atendeu Rozalba no Hospital de Canelinha confirmou que ela estaria preocupada com o estado de saúde do bebê.

13h: Defesa tenta convencer jurados com perguntas voltadas à uma suposta preocupação da ré com a criança. Rozalba é acusada de tentativa de homicídio contra a bebê de Flávia Godinho.

13h: Uma das advogadas de Rozalba questionou se o investigador da Polícia Civil, peça chave no caso, acreditava que Rozalba matou Flávia “por ela ser mulher”. Pergunta foi indeferida pelo juiz três vezes.

11h: Logo no início da sessão, um dos jurados passou mal ao ouvir o depoimento chocante de um dos policiais e precisou ser substituído, o que atrasou consideravelmente o júri.

Campartilhe.

Sobre o Autor

Deixe Um Comentário


Precisa de ajuda?